Doenças Genéticas

Daniela, Regina, Rui, Sara e Sílvia

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Dossier de Projecto

Esta aula foi um bocadinho stressante pois tínhamos que entregar o nosso Dossier de Projecto. Este contem os nossos dados pessoais, as avaliações, propostas de actividades, trabalhos realizados e as nossas pesquisas que serviram como base para o desenvolvimento da informação de cada doença.
A professora forneceu um relatório individual em que neste constam perguntas acerca do nosso projecto, da escolha do tema, dos aspectos negativos e positivos, dificuldades sentidas, entre outras. Este é avaliado e é-lhe atribuído uma nota numa escala de 0 a 20 valores.
Na parte da manhã há um bloco que não temos aula, por isso aproveitamos para realizar inquéritos às turmas que ainda faltavam. Mas como era de esperar, a realização do inquérito não foi concluída porque há muitas turmas que não estavam no seu tempo de aulas.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

O dia do Inquérito...

Foi-nos fornecido os inquéritos, dividimos o grupo para que a sua realização ocorra de um modo correcto.
No entanto, nem todas as turmas efectuaram o inquérito pois ou não tinham aulas ou não podiam porque, por exemplo, estavam a fazer teste. Na generalidade a entrega correu razoável pois ainda ouvimos algumas respostas desagradáveis.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Possível Inquérito

No dia 07 de Novembro de 2007, mostramos à professora responsável pela disciplina uma proposta de um inquérito. No que diz respeito à apreciação deste foi sugerido remover a capa por motivos dispendiosos. Então começamos uma modificação do inquérito. Um das nossas propostas para actividade foi a realização de uma entrevista, então procedemos a uma organização de ideias, por exemplo, como vamos fazer e quando.
Hoje já com o inquérito modificado apresentamos novamente à professora para a sua aprovação em relação ao tipo do tema e à sua contagem. Pedimos a um funcionário que nos fornecesse os horários de todas os anos, pois decidimos que o inquérito será feito a todos os anos mas apenas a cinco alunos de cada turma. Fizemos os cálculos necessários e realizamos o pedido do fornecimento das fotocópias.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Paramilóidose ou Doença dos Pezinhos

  • Como foi descoberta

Pode dizer-se que tudo começou na década de 30 quando o Dr. Américo Graça, de Póvoa de Varzim, observou doentes com uma forma estranha de alterações dos membros inferiores, localmente conhecida como «mal dos pezinhos». Entretanto, solicitou a apreciação do Prof. Corino de Andrade, o qual observou a primeira doente com sintomas diferentes dos habitualmente encontrados nas doenças neurológicas, em 1936.

«A doente com 37 anos, natural da Póvoa de Varzim, queixou-se de adormecimento, formigueiro e falta de sensibilidade térmica e dolorosa nos membros inferiores, com dificuldade na marcha, diarreias e perturbações nos membros superiores semelhantes às dos membros inferiores. Foi internada no Hospital Geral de Santo António e aí foi estudada. Em 1952, o Professor Corino de Andrade publicou na revista “Brain” uma primeira descrição da doença, então já com cerca de 70 doentes observados. A doença foi por ele denominada de polineuropatia amiloidótica familiar (PAF)», conta o enfermeiro Carlos Figueiras, presidente da Associação Portuguesa de Paramilóidose desde 1997. Mais tarde, em 13 de Julho de 1970, Corino de Andrade criou o Centro de Estudos de Neuropatologia, actualmente denominado Centro de Estudos da Paramilóidose. Segundo esclarece Carlos Figueiras, «esta instituição promove o rastreio dos doentes, a sua observação e tratamento, implementação de actividades que levam à individualização e caracterização dos diversos aspectos etiopatológicos da doença. Entre outras coisas, também coordena os estudos em curso mantendo os investigadores e profissionais de saúde informados».

  • Os primeiros sintomas

Sobejamente conhecida como a «doença dos pezinhos», a paramilóidose não tem cura e é fatal. Mas, existem soluções capazes de devolver mais anos de vida. «Em geral, nos casos mais comuns, a paramilóidose manifesta-se no final da segunda década de vida ou início da terceira», diz o Dr. António Freire, hepatologista da Unidade de Transplantação do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. E enumera a sintomatologia: «Começa com a sensação de adormecimento dos pés e pernas, acessos de dor fulgurante e perda de sensibilidade para a dor, frio e quente.»
Tais sintomas são, no entanto, desvalorizados pelos doentes. Isto porque na maioria dos casos existe um vincado historial familiar.

Segundo António Freire, «os doentes estão traumatizados porque viram morrer familiares muito próximos e apesar de terem a sintomatologia inicial não querem aceitar nem admitir que têm paramilóidose e, muitas vezes, nem fazem o diagnóstico». Após a manifestação inicial já referida, os indivíduos podem apresentar altera­ções do aparelho digestivo, em especial modificações do hábito regular do intestino. Por exemplo, se antes tinham diarreia passam a ter obstipação, ou vice-versa. O emagrecimento sem causa aparente é outro sintoma desta patologia. Mas, ainda não é tudo... «Com a progressão da doença toda a sintomatologia inicial acentua. Os doentes chegam a ficar sem sensibilidade até às coxas. A atrofia muscular acaba por alte­rar a marcha até ao ponto de deixarem de poder andar. Depois ficam acamados e morrem», sustenta o especialista, continuando: «Têm complicações cardíacas graves, sobretudo arritmias, e é frequente usarem pace-makers. Também podem sofrer paragens cardíacas, desnutrição grave e infecções ou insuficiência renal terminal em diálise.»

  • O transplante é a solução

A esperança de vida destas pessoas é reduzida. Sobrevivem pouco mais de uma década após a manifestação dos primeiros sintomas. Porém, existe uma solução que confere qualidade de vida e mais anos de vida: o transplante hepático.«O diagnóstico deve ser precoce para que o transplante também o seja e para que, dessa forma, se assegure qualidade de vida ao doente», refere António Freire, sublinhando: «Se não houver qualquer tipo de complicações após o transplante, como rejeição do novo órgão, o doente retoma a vida familiar e profissional normalmente. Os sintomas permanecem, mas com regressão muito lenta.» Tal como todos os indivíduos sujeitos a um transplante, também os doentes com paramilóidose que foram transplantados têm de fazer uma terapêutica imunossupressora. Há, contudo, um inconveniente relacionado com a dita terapêutica, que acompanha o doente até ao final da sua vida. Conforme explica o hepatologista, «a medicação imunossupressora tem efeitos secundários, que podem comprometer a qualidade de vida, designadamente reacções gastrointestinais. E a população de doentes com polineuropatia amiloidótica familiar é especial, porque os sintomas digestivos estão sempre presentes. Além disso, são particularmente sensíveis à toxicidade farmacológica.»

Mas pode afirmar-se que se antes caminhavam a passos largos para a morte e não se mexiam, este tipo de complicações são um mal menor. É, porém, uma afirmação falsa. As reacções gastrointestinais interferem também, e muito, na qualidade de vida do doente. «De forma alguma se deve desconside­rar os efeitos adversos dos fármacos imunossupressores sobre o tudo digestivo, pois são bastante significativos», alerta António Freire, frisando que «existem medicamentos que minimizam reacções como as dores abdominais, a diarreia, as náuseas ou os vómitos». E acrescenta: «Em relação à nossa expe­riência no Hospital de Curry Cabral, houve três casos em doentes sujeitos a transplante hepático com resolução (total ou parcial) dos sintomas digestivos após conversão para micofenolato de sódio com revestimento entérico, sendo que estes doentes estavam previamente medicados com micofenolato de mofetil.» Relativamente à diferença entre as duas substâncias activas, o hepatologista diz que «o micofenolato de sódio é um sal do ácido micofenólico com revestimento entérico, cujos comprimidos libertam o princípio activo no intestino, melhorando a tolerabilidade gástrica comparativamente ao micofenolato de mofetil que liberta o principio activo no estômago. Ou seja, os comprimidos de micofenolato de sódio permitem a libertação do fármaco no intestino passando intactos pelo estômago, tendo portanto a vantagem de minimizar os efeitos secundários gastrointestinais»

Síndrome de Down

  • O que é Síndrome de Down?

Síndrome de Down (S.D.) é, essencialmente, um atraso do desenvolvimento, tanto nas funções motoras do corpo, como das funções mentais. Um bebé com S.D. é pouco activo e “molinho”, a que chamamos hipotonia, ou seja, os músculos são flácidos. A hipotonia diminui com o tempo, a e criança vai conquistando, embora mais tarde que as outras, as diversas etapas do desenvolvimento: sustentar a cabeça, virar-se na cama, gatinhar, sentar, andar e falar.

  • O nome
A S.D. é conhecida popularmente como mongolismo. Em alguns países, essa expressão já não é usada. O nome mongolismo foi dado devido às pregas no canto dos olhos que lembram o aspecto das pessoas da “raça amarela”. Os termos “mongolismo”, “mongol” e “mongolóide”, usados há alguns anos para identificar a Síndrome de Down e os seus portadores, são hoje considerados ofensivos, o nome correcto é Síndrome de Down.
  • Sinais físicos
Há sinais físicos que acompanham, em geral, a Síndrome de Down, e por isso ajudam a fazer o diagnóstico. Alguns deles são: hipotonia, abertura das pálpebras inclinada com a parte externa mais elevada, prega na pálpebra no canto interno dos olhos, prega única nas mãos, microcefalia (reduzido peso e tamanho do cérebro), a língua é maior que a boca, e por conseguinte esta sai um pouco fora, rosto com perfil achatado, manchas brancas nos olhos.
  • Frequência desta Doença
A frequência da S.D. é de 550 bebés que nascem, 1 tem a Síndrome de Down, o que torna esta deficiência uma das mais comuns a nível genético. Qualquer casal pode ter um filho com a síndrome não dependendo da raça ou condição social. No entanto, a probabilidade de nascer um bebe com S.D. é maior quando a mãe tem mais de 40 anos.
No inicio da gestação quando se começa a formação do bebe, já está determinado se ele terá S.D. ou não. Portanto, nada que ocorra durante a gravidez, como quedas, emoções, fortes sustos, pode ser causa da síndrome. Também não se conhece nenhum medicamento ingerido durante a gravidez que provoque a Síndrome. Actualmente, existem exames que são feitos durante a gravidez, e que detectam mal formações do feto. Entre eles, a amniocentese e a amostra de vilo corial são exames usados para o estudo dos cromossomas do feto.
  • Causas

Todas as pessoas têm o seu corpo formado por células, estas contêm cromossomas e estes são responsáveis por todo o funcionamento da pessoa; por exemplo determinam a cor dos olhos, sexo, altura e o funcionamento de cada órgão interno como o coração, o estômago e o cérebro.
Cada uma das nossas células possui 46 cromossomas. Um desses pares de cromossomas, chamado de par numero 21, é que está alterado na Síndrome de Down. A criança com esta síndrome tem um cromossoma a mais, ou seja, ela tem três cromossomas 21 em todas as suas células, em vez de dois. É o que chamamos de triossomia 21.A anomalia causada é considerada um acidente genético, cuja origem a ciência não pode determinar com precisão.
Este processo pode acontecer quando ocorre um erro durante a formação de uma das células reprodutoras (oócito II ou espermatozóide), ou durante o desenvolvimento da célula inicial do feto, o zigoto.

  • Desenvolvimento da criança
O bebé portador de Síndrome de Down apresenta peso e estatura mais baixos que o normal, e o seu desenvolvimento é mais lento sobretudo a partir do sexto mês de vida. É nessa idade que o comprometimento neurológico ou a deficiência mental da criança começam a ficar evidentes. A sua saúde é mais delicada, sendo comuns anomalias cardíacas, auditivas, oftalmológicas (visão), ortopédicas, hormonais e respiratórias.

Acredita-se que o futuro da pessoa com Síndrome de Down pode vir a ser cada vez melhor devido às pesquisas e descobertas feitas. No entanto, elas só terão a oportunidade de conquistar o seu espaço e a sua independência se os familiares e profissionais trabalharem juntos no sentido de consciencializar a sociedade das suas obrigações.

Doença de Huntington

  • O que é?

A doença de Huntington é uma disfunção cerebral hereditária, que evolui com a degeneração corporal e mental.

  • História desta doença

A DH (doença de Huntington) é também chamada de "coréia hereditária". Este nome é originado da palavra grega "dança", coréia refere-se aos movimentos involuntários que estão entre os sintomas comuns desta doença.



Após uma busca de dez anos, em 1993, os cientistas encontraram o gene que causa esta doença, e só após esta descoberta é que se começou a saber mais sobre a doença.

  • Quando aparece?

A doença de Huntington manifesta os seus primeiros sintomas entre os 35 e 45 anos de idade. Há também uma forma juvenil da doença que se desenvolve antes dos 20 anos.

  • Hereditariedade

A DH é uma doença familiar pois é passada de uma geração para a outra pela transmissão, de pais para filhos, de um gene alterado. Cada filho com um dos pais afectado tem hipótese de herdar o gene que causa a DH de 50%.

  • O que muda no sistema nervoso?

Os pacientes com a doença de Huntington apresentam destruição de neurónios de uma parte do cérebro chamada núcleo estriado, que produz o neurotransmissor GABA. A redução da libertação deste neurotransmissor no sistema nervoso determina o aparecimento de movimentos involuntários, irregulares e decadência mental progressiva.


  • Teste genético

Descobriu-se que o gene da DH tem uma secção específica que é a expansão da repetição CAG na região 5', que se sabe ser a causa desta doença. Para ver tal gene, recorre-se à amplificação do DNA, na região da repetição CAG (poliglutamina), excluindo assim a região também variável (mas não relacionada) rica em CCG (poliprolina), que poderia levar, se incluída, a um erro de (até) 6 unidades. O tamanho da repetição CAG, em indivíduos normais é de 27 - 35 (os alelos normais entre 27 - 35, podem ser mais instáveis e levar à expansão na geração seguinte sobretudo quando transmitidos por um homem). OS indivíduos afectados geralmente possuem mais de 40 CAGs (tamanho acima do qual a doença de Huntington tem penetrância praticamente completa). Os indivíduos portadores de um alelo com 36 - 39 CAGs podem por vezes ser afectados (a doença de Huntington tem penetrância reduzida dentro desta amplitude).

  • Sintomas

As marcas da doença são distúrbios do comportamento e Coréia, ou seja, aparecimento de abalos e movimentos involuntários, irregulares e bruscos, que ocorrem especialmente nos membros (mãos e antebraços), mas também no tronco e na face. O paciente tem dificuldade para falar, engolir e o caminhar fica descoordenado. Depressão, apatia e irritabilidade também são sintomas comuns desta doença.