Doenças Genéticas
- Bioscience
- Daniela, Regina, Rui, Sara e Sílvia
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
O Dossier de Projecto
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
O dia do Inquérito...
No entanto, nem todas as turmas efectuaram o inquérito pois ou não tinham aulas ou não podiam porque, por exemplo, estavam a fazer teste. Na generalidade a entrega correu razoável pois ainda ouvimos algumas respostas desagradáveis.
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Possível Inquérito
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Paramilóidose ou Doença dos Pezinhos
- Como foi descoberta
Pode dizer-se que tudo começou na década de 30 quando o Dr. Américo Graça, de Póvoa de Varzim, observou doentes com uma forma estranha de alterações dos membros inferiores, localmente conhecida como «mal dos pezinhos». Entretanto, solicitou a apreciação do Prof. Corino de Andrade, o qual observou a primeira doente com sintomas diferentes dos habitualmente encontrados nas doenças neurológicas, em 1936.
«A doente com 37 anos, natural da Póvoa de Varzim, queixou-se de adormecimento, formigueiro e falta de sensibilidade térmica e dolorosa nos membros inferiores, com dificuldade na marcha, diarreias e perturbações nos membros superiores semelhantes às dos membros inferiores. Foi internada no Hospital Geral de Santo António e aí foi estudada. Em 1952, o Professor Corino de Andrade publicou na revista “Brain” uma primeira descrição da doença, então já com cerca de 70 doentes observados. A doença foi por ele denominada de polineuropatia amiloidótica familiar (PAF)», conta o enfermeiro Carlos Figueiras, presidente da Associação Portuguesa de Paramilóidose desde 1997. Mais tarde, em 13 de Julho de 1970, Corino de Andrade criou o Centro de Estudos de Neuropatologia, actualmente denominado Centro de Estudos da Paramilóidose. Segundo esclarece Carlos Figueiras, «esta instituição promove o rastreio dos doentes, a sua observação e tratamento, implementação de actividades que levam à individualização e caracterização dos diversos aspectos etiopatológicos da doença. Entre outras coisas, também coordena os estudos em curso mantendo os investigadores e profissionais de saúde informados».
- Os primeiros sintomas
Sobejamente conhecida como a «doença dos pezinhos», a paramilóidose não tem cura e é fatal. Mas, existem soluções capazes de devolver mais anos de vida. «Em geral, nos casos mais comuns, a paramilóidose manifesta-se no final da segunda década de vida ou início da terceira», diz o Dr. António Freire, hepatologista da Unidade de Transplantação do Hospital Curry Cabral, em Lisboa. E enumera a sintomatologia: «Começa com a sensação de adormecimento dos pés e pernas, acessos de dor fulgurante e perda de sensibilidade para a dor, frio e quente.»
Tais sintomas são, no entanto, desvalorizados pelos doentes. Isto porque na maioria dos casos existe um vincado historial familiar.
Segundo António Freire, «os doentes estão traumatizados porque viram morrer familiares muito próximos e apesar de terem a sintomatologia inicial não querem aceitar nem admitir que têm paramilóidose e, muitas vezes, nem fazem o diagnóstico». Após a manifestação inicial já referida, os indivíduos podem apresentar alterações do aparelho digestivo, em especial modificações do hábito regular do intestino. Por exemplo, se antes tinham diarreia passam a ter obstipação, ou vice-versa. O emagrecimento sem causa aparente é outro sintoma desta patologia. Mas, ainda não é tudo... «Com a progressão da doença toda a sintomatologia inicial acentua. Os doentes chegam a ficar sem sensibilidade até às coxas. A atrofia muscular acaba por alterar a marcha até ao ponto de deixarem de poder andar. Depois ficam acamados e morrem», sustenta o especialista, continuando: «Têm complicações cardíacas graves, sobretudo arritmias, e é frequente usarem pace-makers. Também podem sofrer paragens cardíacas, desnutrição grave e infecções ou insuficiência renal terminal em diálise.»
- O transplante é a solução
A esperança de vida destas pessoas é reduzida. Sobrevivem pouco mais de uma década após a manifestação dos primeiros sintomas. Porém, existe uma solução que confere qualidade de vida e mais anos de vida: o transplante hepático.«O diagnóstico deve ser precoce para que o transplante também o seja e para que, dessa forma, se assegure qualidade de vida ao doente», refere António Freire, sublinhando: «Se não houver qualquer tipo de complicações após o transplante, como rejeição do novo órgão, o doente retoma a vida familiar e profissional normalmente. Os sintomas permanecem, mas com regressão muito lenta.» Tal como todos os indivíduos sujeitos a um transplante, também os doentes com paramilóidose que foram transplantados têm de fazer uma terapêutica imunossupressora. Há, contudo, um inconveniente relacionado com a dita terapêutica, que acompanha o doente até ao final da sua vida. Conforme explica o hepatologista, «a medicação imunossupressora tem efeitos secundários, que podem comprometer a qualidade de vida, designadamente reacções gastrointestinais. E a população de doentes com polineuropatia amiloidótica familiar é especial, porque os sintomas digestivos estão sempre presentes. Além disso, são particularmente sensíveis à toxicidade farmacológica.»
Mas pode afirmar-se que se antes caminhavam a passos largos para a morte e não se mexiam, este tipo de complicações são um mal menor. É, porém, uma afirmação falsa. As reacções gastrointestinais interferem também, e muito, na qualidade de vida do doente. «De forma alguma se deve desconsiderar os efeitos adversos dos fármacos imunossupressores sobre o tudo digestivo, pois são bastante significativos», alerta António Freire, frisando que «existem medicamentos que minimizam reacções como as dores abdominais, a diarreia, as náuseas ou os vómitos». E acrescenta: «Em relação à nossa experiência no Hospital de Curry Cabral, houve três casos em doentes sujeitos a transplante hepático com resolução (total ou parcial) dos sintomas digestivos após conversão para micofenolato de sódio com revestimento entérico, sendo que estes doentes estavam previamente medicados com micofenolato de mofetil.» Relativamente à diferença entre as duas substâncias activas, o hepatologista diz que «o micofenolato de sódio é um sal do ácido micofenólico com revestimento entérico, cujos comprimidos libertam o princípio activo no intestino, melhorando a tolerabilidade gástrica comparativamente ao micofenolato de mofetil que liberta o principio activo no estômago. Ou seja, os comprimidos de micofenolato de sódio permitem a libertação do fármaco no intestino passando intactos pelo estômago, tendo portanto a vantagem de minimizar os efeitos secundários gastrointestinais»
Síndrome de Down
- O que é Síndrome de Down?
Síndrome de Down (S.D.) é, essencialmente, um atraso do desenvolvimento, tanto nas funções motoras do corpo, como das funções mentais. Um bebé com S.D. é pouco activo e “molinho”, a que chamamos hipotonia, ou seja, os músculos são flácidos. A hipotonia diminui com o tempo, a e criança vai conquistando, embora mais tarde que as outras, as diversas etapas do desenvolvimento: sustentar a cabeça, virar-se na cama, gatinhar, sentar, andar e falar.
- O nome
- Sinais físicos
No inicio da gestação quando se começa a formação do bebe, já está determinado se ele terá S.D. ou não. Portanto, nada que ocorra durante a gravidez, como quedas, emoções, fortes sustos, pode ser causa da síndrome. Também não se conhece nenhum medicamento ingerido durante a gravidez que provoque a Síndrome. Actualmente, existem exames que são feitos durante a gravidez, e que detectam mal formações do feto. Entre eles, a amniocentese e a amostra de vilo corial são exames usados para o estudo dos cromossomas do feto.
- Causas
Todas as pessoas têm o seu corpo formado por células, estas contêm cromossomas e estes são responsáveis por todo o funcionamento da pessoa; por exemplo determinam a cor dos olhos, sexo, altura e o funcionamento de cada órgão interno como o coração, o estômago e o cérebro.
Cada uma das nossas células possui 46 cromossomas. Um desses pares de cromossomas, chamado de par numero 21, é que está alterado na Síndrome de Down. A criança com esta síndrome tem um cromossoma a mais, ou seja, ela tem três cromossomas 21 em todas as suas células, em vez de dois. É o que chamamos de triossomia 21.A anomalia causada é considerada um acidente genético, cuja origem a ciência não pode determinar com precisão.
Este processo pode acontecer quando ocorre um erro durante a formação de uma das células reprodutoras (oócito II ou espermatozóide), ou durante o desenvolvimento da célula inicial do feto, o zigoto.
Acredita-se que o futuro da pessoa com Síndrome de Down pode vir a ser cada vez melhor devido às pesquisas e descobertas feitas. No entanto, elas só terão a oportunidade de conquistar o seu espaço e a sua independência se os familiares e profissionais trabalharem juntos no sentido de consciencializar a sociedade das suas obrigações.
Doença de Huntington
A doença de Huntington é uma disfunção cerebral hereditária, que evolui com a degeneração corporal e mental.
- História desta doença
A DH (doença de Huntington) é também chamada de "coréia hereditária". Este nome é originado da palavra grega "dança", coréia refere-se aos movimentos involuntários que estão entre os sintomas comuns desta doença.
Após uma busca de dez anos, em 1993, os cientistas encontraram o gene que causa esta doença, e só após esta descoberta é que se começou a saber mais sobre a doença.
- Quando aparece?
A doença de Huntington manifesta os seus primeiros sintomas entre os 35 e 45 anos de idade. Há também uma forma juvenil da doença que se desenvolve antes dos 20 anos.
A DH é uma doença familiar pois é passada de uma geração para a outra pela transmissão, de pais para filhos, de um gene alterado. Cada filho com um dos pais afectado tem hipótese de herdar o gene que causa a DH de 50%.
- O que muda no sistema nervoso?
Os pacientes com a doença de Huntington apresentam destruição de neurónios de uma parte do cérebro chamada núcleo estriado, que produz o neurotransmissor GABA. A redução da libertação deste neurotransmissor no sistema nervoso determina o aparecimento de movimentos involuntários, irregulares e decadência mental progressiva.
- Teste genético
Descobriu-se que o gene da DH tem uma secção específica que é a expansão da repetição CAG na região 5', que se sabe ser a causa desta doença. Para ver tal gene, recorre-se à amplificação do DNA, na região da repetição CAG (poliglutamina), excluindo assim a região também variável (mas não relacionada) rica em CCG (poliprolina), que poderia levar, se incluída, a um erro de (até) 6 unidades. O tamanho da repetição CAG, em indivíduos normais é de 27 - 35 (os alelos normais entre 27 - 35, podem ser mais instáveis e levar à expansão na geração seguinte sobretudo quando transmitidos por um homem). OS indivíduos afectados geralmente possuem mais de 40 CAGs (tamanho acima do qual a doença de Huntington tem penetrância praticamente completa). Os indivíduos portadores de um alelo com 36 - 39 CAGs podem por vezes ser afectados (a doença de Huntington tem penetrância reduzida dentro desta amplitude).
- Sintomas
As marcas da doença são distúrbios do comportamento e Coréia, ou seja, aparecimento de abalos e movimentos involuntários, irregulares e bruscos, que ocorrem especialmente nos membros (mãos e antebraços), mas também no tronco e na face. O paciente tem dificuldade para falar, engolir e o caminhar fica descoordenado. Depressão, apatia e irritabilidade também são sintomas comuns desta doença.